Assembleia de Deus Online

O engano da salvação pelas obras

T. A. McMahon   •   27 Agosto, 2010
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“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gálatas 2.21).
Quando comparamos o Cristianismo Bíblico com as religiões do mundo, utilizando as Escrituras para nos guiar, vemos que a lacuna entre eles é intransponível. Na verdade, somos forçados a concluir que realmente há apenas duas religiões no mundo: o Cristianismo Bíblico de um lado, e todas as outras religiões, de outro. (Refiro-me ao cristianismo bíblico como uma “religião” apenas para propósitos comparativos: uma religião é um sistema de crenças elaboradas pelo homem, enquanto que o Cristianismo Bíblico é o que Deus revelou à humanidade). Essas duas “religiões” são diferenciadas principalmente por aquilo que ensinam a respeito da salvação – como uma pessoa pode chegar ao Céu, ao Paraíso, ao Valhalla, ao Nirvana ou à morada de Deus, ou seja lá o que as pessoas crêem sobre a vida após a morte. Cada uma pode ser classificada em uma destas categorias: (1) o que o ser humano tem de realizar ou (2) o que Deus consumou (através de Jesus). Em palavras mais simples: a religião do “Fazer” ou a do “Feito”. Estou me referindo ao fato de que: (1) ou há coisas que devemos fazer (realizações humanas) ou (2) não há nada que possamos fazer porque tudo já foi feito (consumação divina) para ganharmos a entrada no céu. Apenas o Cristianismo bíblico está na categoria de consumação divina. Todas as outras religiões do mundo devem ser classificadas sob o rótulo de realizações humanas. Consideremos primeiro algumas das religiões mais importantes, como o hinduísmo, o budismo, o islamismo, o judaísmo e determinadas denominações ou seitas que professam ser cristãs.
O hinduísmo é um sistema de obras que envolve a prática de yoga, cuja finalidade jamais foi melhorar a saúde de alguém (contrariamente ao que muitos ouviram falar).
O hinduísmo tem cerca de 330 milhões de deuses que precisam ser apaziguados por meio de algum tipo de ritual. Dois anos atrás, fiz uma visita a um enorme templo hindu nas vizinhanças de Chicago. O estacionamento estava repleto de carros luxuosos. O revestimento era de pedras importadas da Itália. Não foram poupados recursos financeiros na construção. Do lado de dentro, médicos, advogados e engenheiros, dentre outros (de acordo com meu guia turístico), estavam servindo refeições aos ídolos: a Hanuman, o deus-macaco, e a Ganesha, o deus-elefante. O hinduísmo é um sistema de obras – coisas que a pessoa precisa fazer para atingir o moksha, que é o paraíso hindu. Ele envolve a prática de yoga, cuja finalidade, contrariamente ao que muitos ouviram falar, jamais foi melhorar a saúde de alguém. Em vez disso, é um meio de morrer para seu próprio corpo na esperança de se livrar do âmbito físico. Isso supostamente une a pessoa a Brahman, a suprema deidade do hinduísmo. A reencarnação, um sistema que supostamente capacita a pessoa a construir seu caminho para o céu através de muitos nascimentos, mortes e renascimentos, é outro dos ensinamentos dessa religião. O budismo também se baseia primeiramente em obras. Buda cria que a chave para se alcançar o Nirvana, que é alegadamente o estado de perfeição e de felicidade, é através de um entendimento das Quatro Nobres Verdades, e através da prática do Nobre Caminho Óctuplo. Em essência, as Quatro Nobres Verdades declaram que nós suportamos o sofrimento por causa de nossos desejos ou de nossos anelos. Essas “Verdades” afirmam que o sofrimento cessará quando pararmos de tentar satisfazer aqueles desejos. De acordo com o budismo, podemos atingir isso seguindo o Nobre Caminho Óctuplo, o qual possui os elementos da “visão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, sustento correto, esforço correto, cuidado correto, e concentração correta”. Tudo isso é feito por meio dos esforços humanos, isto é, “por se fazerem as coisas corretas” a fim de se atingir o Nirvana. No islamismo, o paraíso é obtido quando Alá pesa as obras boas e os feitos maus em uma balança no Dia do Julgamento. O Alcorão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um processo quantitativo. As boas obras devem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus. Também se lê no Alcorão: “A balança daquele dia será verdadeira: Aqueles cuja balança [de boas obras] tiver bastante peso prosperarão: Aqueles cuja balança for leve terão suas almas na perdição” (Sura 7:8,9). Eis aqui um exemplo interessante daquilo que um muçulmano enfrenta para chegar ao paraíso: no dia 3 de abril de 1991, a revista egípcia Akher Saa registrou um debate acalorado entre quatro mulheres jornalistas e o sheik Dr. Abdu-Almonim Al-Nimr, que ocupa uma posição elevada na Universidade Islâmica Al-Azhar (no Cairo, Egito, a mais prestigiosa instituição islâmica sunita). Uma das jornalistas perguntou-lhe: “No islamismo, as mulheres são obrigadas a usar o jihab [um véu ou uma cobertura para a cabeça]? Se eu não usar o jihab, irei para o inferno a despeito de minhas outras boas obras? Estou falando sobre a mulher decente que não usa o jihab”.
O Alcorão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um processo quantitativo. As boas obrasdevem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus.
O Dr. Al-Nimr respondeu: “As ordenanças no islamismo são muitas, minha filha, e Alá nos faz prestar contas por cada uma delas. Isso significa que, se você agir de acordo com aquela ordenança, ganha um ponto. Se você negligenciar uma ordenança, perde um ponto. Se você orar, ganha um ponto; se você não jejuar, perde um ponto; e assim por diante”. E ele continuou: “Eu não inventei uma nova teoria. (...) Para cada homem há um livro no qual todas as suas boas obras e os seus feitos maus são registrados, até mesmo como tratamos nossos filhos”. A jornalista disse: “Isso significa que, se eu não usar o jihab, não irei para o fogo do inferno sem que se leve em consideração o restante de minhas boas obras”. O Dr Al-Nimr replicou: “Minha filha, ninguém sabe quem irá para o fogo do inferno. (...) Eu posso ser o primeiro a ir para lá. O califa Abu-Bakr Al-Sadik disse: “Não tenho a menor confiança nos esquemas de Alá, mesmo que um de meus pés esteja dentro do paraíso, quem poderá determinar qual obra é aceitável e qual não é?”. Você faz tudo o que pode, e a prestação de contas é com Alá. Peça a ele que a aceite”. No judaísmo, o céu é alcançado por aquele que guarda a Lei e seus cerimoniais. Obviamente, isso não é consistente com o que o Tanakh [Antigo Testamento] ensina, mas essa tem sido a prática do judaísmo por milênios. Como disse Jesus: “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15.9). Suas palavras também se aplicam a uma série de denominações e cultos “cristãos” que enfatizam as obras como sendo necessárias para a salvação. Os Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia, os adeptos da Igreja de Cristo, os Católicos Romanos, os membros das igrejas Ortodoxas Oriental e Russa, muitos Luteranos, e inúmeros outros. Todos incluem algo que precisa ser realizado ou que é necessário para a salvação, seja o batismo, os sacramentos, ou a filiação a uma determinada organização e a observância de seus requisitos. Aqui está um exemplo extraído dos primeiros 30 anos de minha própria vida como católico romano. Eu vivia por um sistema religioso de leis, muitas das quais os católicos são obrigados a guardar. O começo é o batismo. Se uma pessoa não é batizada, a Igreja diz que ela não pode entrar no céu. A Igreja também diz que, embora o batismo seja exigido, ele não é nenhuma garantia. Existem muitas outras regras que um católico tem que observar.
Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras.
Tenho um livro em meu escritório chamado Código da Lei Canônica. Ele contém 1.752 leis, muitas das quais afetam o destino eterno de uma pessoa. Os pecados reconhecidos pela Igreja Católica Romana são classificados como mortais ou veniais. Um pecado mortal é aquele que amaldiçoa uma pessoa, condenando-a ao inferno, se essa pessoa morrer sem tê-lo confessado e sem ter sido absolvida dele por um sacerdote. Um pecado venial não precisa ser confessado a um sacerdote, mas, confessado ou não, todo pecado acrescenta tempo de punição à pessoa. O pecado venial deve ser expiado aqui na terra através do sofrimento e das boas obras ou então ser purgado nas chamas do purgatório após a morte da pessoa. Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras. Por exemplo, a pessoa precisa crer que Maria foi concebida sem pecado (um evento chamado de Imaculada Conceição). Se um católico não crer nisso, ele comete um pecado mortal, que carrega a penalidade da perdição eterna. O dia da Imaculada Conceição é dia santo de guarda, dia em que todos os católicos devem assistir à missa. A pessoa que não fizer assim pode estar cometendo um pecado mortal. Todos os sistemas de crenças que mencionei, e também muitos outros, consistem em fazer ou não fazer determinadas coisas para alcançar o “céu”. Todos são baseados nas realizações humanas. Mas, e o Cristianismo Bíblico? É diferente? Como?
Muitos sistemas de crenças consistem em fazer ou não fazer determinadas coisas para alcançar o “céu”. Todos são baseados nas realizações humanas.
Efésios 2.8-9 deixa claro: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Isso é bem direto. Nossa salvação não tem nada a ver com nossas realizações. O versículo 8 nos diz que é pela graça que somos salvos. A graça é um favor imerecido. Se qualquer mérito estiver envolvido, não pode ser graça. A graça é um presente de Deus. Portanto, se for pela graça, não pode ser pelas obras. Isso parece bastante óbvio. Alguém trabalha duramente por um mês e seu patrão chega até ele, com seu cheque de pagamento na mão, e diz: “Muito bem, José, aqui está o seu presente!” Não! José trabalhou por aquilo que está sendo pago. Não há nenhum presente envolvido. No que se refere a um trabalhador, Romanos 4.4 nos diz que seu salário é o pagamento por aquilo que seu empregador lhe deve, e que seu cheque de pagamento não tem nada a ver com a graça nem com um presente. Um trabalhador que fez um bom trabalho pode se gabar ou sentir orgulho por aquilo que realizou. Todavia, tudo isso é contrário à graça ou a um presente. A graça não dá lugar para nenhuma sensação de mérito próprio, e um presente liquida qualquer sensação de algo que foi merecido ou que foi entregue em pagamento por serviço prestado. O ensinamento de Paulo aos efésios é reafirmado na Epístola a Tito: “Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.4). Podemos perceber que isso é consistente com Efésios 2.8-9. Não é por meio de nossas obras que somos salvos – não é por meio de obras de justiça que fizemos – somos salvos por meio da misericórdia dEle. Você pode muito bem imaginar que, como católico romano, condicionado por uma vida de regras e rituais da Igreja, tive grande dificuldade para crer que a fé era a única base por meio da qual eu poderia entrar no céu. Isso não fazia sentido para mim.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2.8)
Bem, não apenas faz sentido, mas é a única maneira por meio da qual uma pessoa pode ser salva. Isso é algo miraculosamente sensato! Primeiro, o que impede uma pessoa de ir para o céu ou de desfrutar da vida eterna com Deus? Sabemos que a resposta é “o pecado”. Segue abaixo uma pequena amostra de versículos que se aplicam: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23); “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23); “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59.2); “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.20); “E o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15). Em Gênesis 2, Deus explica a Adão as conseqüências da desobediência a Ele. Adão foi admoestado a não comer de um determinado fruto no Jardim do Éden. Esse foi um mandamento relacionado com a obediência e o amor – e não que Deus estivesse retendo algo de Adão, como sugeriu a Serpente. Lembramos que Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra”, ou seja, guardará os Seus ensinamentos (João 14.23). Nosso amor por Deus é demonstrado por nossa obediência. Qual foi a penalidade estabelecida por Deus para a desobediência? Gênesis 2.17 diz: “Porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Adão e Eva amaram a si mesmos mais do que a Deus porque não “guardaram a palavra dEle”. Eles Lhe desobedeceram e a conseqüência foi a morte. “Porque, no dia em que comessem do fruto, certamente morreriam”. Nas Escrituras, a morte sempre envolve a separação, e, no julgamento de Deus sobre eles, duas aplicações são encontradas: (1) a morte física (a degeneração do corpo, levando finalmente à sua separação da alma e do espírito), e (2) a separação eterna de Deus. Adão e Eva não morreram instantaneamente, mas o processo de morte começou naquele momento para eles e para toda a criação. Entretanto, seu relacionamento espiritual com Deus mudou imediatamente e para sempre. O julgamento de Deus pelo pecado é eterno: separação de Deus para sempre. É uma penalidade infinita. E Deus, que é perfeito em todos os Seus atributos, inclusive em justiça, tinha que efetuar a punição. Deus não podia permitir que eles saíssem em segredo e simplesmente tivessem uma nova oportunidade. Isso teria significado que Ele não era perfeitamente fiel à Sua Palavra. A penalidade tinha que ser paga.
Adão e Eva não morreram instantaneamente quando desobedeceram,  mas o processo de morte começou naquele momento para eles e para toda a criação. Entretanto, seu relacionamento espiritual com Deus mudou imediatamente e para sempre. O julgamento de Deus pelo pecado é eterno: separação de Deus para sempre.  Então, o que Adão e Eva poderiam fazer?
Então, o que Adão e Eva poderiam fazer? Nada, exceto morrer física e espiritualmente, que é ficar separado de Deus para sempre. E, o que o restante da humanidade pode fazer, visto que todos pecaram? Nada. Bem, alguém pode perguntar: E o que acontece se nós fizermos todo tipo de boas obras que possam suplantar nossos pecados, ou se formos sempre à igreja, ou se formos batizados, fizermos obras religiosas, recebermos os sacramentos e assim por diante? Nenhuma dessas coisas pode nos ajudar. Por quê? Porque elas não pagam a penalidade. Então, o que podemos fazer? Não há nada que possamos fazer, exceto pagarmos nós mesmos a penalidade, sendo separados de Deus para sempre. Nossa situação seria absolutamente sem esperanças; entretanto, Deus possui alguns outros atributos além de ser perfeitamente justo. Ele também é perfeito em amor e em misericórdia! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira” que enviou Seu Filho unigênito para pagar a penalidade em nosso lugar (João 3.16). E isso é exatamente o que Jesus fez na Cruz. É incompreensível para nós que, durante aquelas três horas de trevas – quando bradou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46) – Ele tomou sobre Si os pecados do mundo e sofreu a ira de Seu Pai em nosso lugar. Na Cruz, Ele [provou] a morte por todo homem” (Hebreus 2.9), ou seja, Ele experimentou e pagou a penalidade infinita pelos pecados de todos nós. Quando aquele feito divino terminou, Jesus clamou, “Está consumado!” (João 19.30), significando que a penalidade havia sido paga totalmente. Foi uma realização divina porque era algo que apenas Deus poderia fazer! Deus tornou-Se homem e morreu fisicamente porque a morte física fazia parte da penalidade. Todavia, como Deus-Homem, Ele pôde experimentar completamente a penalidade que cada pecador experimentaria, a saber, ser espiritualmente separado de Deus para sempre. A justiça de Deus exige pagamento. Ou pagamos a penalidade nós mesmos, ou nos voltamos para Jesus pela fé e recebemos os benefícios de Sua expiação sacrificial. O que lemos em Romanos 6.23? “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A Bíblia não poderia ser mais clara em afirmar que a salvação é exclusivamente “o dom gratuito de Deus”, e que apenas podemos apropriar-nos desse presente por meio da fé. Qualquer tentativa de merecer a salvação por meio de nossas obras não é apenas fútil – é impossível! “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2.10). E, ainda pior, tentar merecer a salvação é uma negação da infinita penalidade imposta por Deus, uma rejeição do “dom inefável” de Deus, e um repúdio ao que Cristo realizou por nós. Isso é algo em que a maioria dos evangélicos costumava crer. Já não é mais o caso, uma vez que a apostasia ganha espaço nos Últimos Dias. Recentemente, um levantamento de um instituto de pesquisas (feito com mais de 40 mil americanos) verificou que 57% daqueles que diziam ser evangélicos não criam que Jesus é o único caminho para o céu. Como Jesus é o único que proporciona a consumação divina, tudo o que resta é o engano fútil das realizações humanas para se alcançar a salvação. (T. A. McMahon - TBC - http://www.chamada.com.br) Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, agosto de 2010.

T. A. McMahon

  1. rogerlan disse:

    Concordo plenamente com a citação acima, de que nada do que fizermos aqui na terra nos dará mérito para ganharmos a nossa salvação. Mas por outro lado a obediência a Deus através da observância de suas leis é a evidência ou resultado de uma vida transformada pela graça de Deus pela qual também receberemos a salvação. Deus nos educa assim como um pai educa seu filho aqui na terra, a diferença é que Deus é perfeito e nosso pai terreno não é e também Deus pede e nossos pais muita das vezes nos obriga a obedece-los. A lei de Deus, nos livra de fazermos muita coisa errada, nos faz conhecer o pecado, as obras são a evidência de uma fé verdadeira ( Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? Tiago 2: 20 ) , (Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. Tiago 2: 24), (Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta. Tiago 2: 26). A palavra de Deus nos mostra claramente que não somos salvos pelas obras e sim pela GRAÇA de DEUS que está em JESUS CRISTO ( Porque pela GRAÇA sois salvos, mediante a FÈ; e isto não vem de vós; é dom de Deus), a graça de Deus não pode nos salvar se não tivermos fé, agora entra as obras confirmando a nossa fé, naturalmente e voluntariamente com amor a Deus e ao próximo, querido é natural de uma pessoa convertida verdadeiramente querer trabalhar para Deus e em benefício do próximo.
    (Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.Tiago 1:25). A lei de Deus é perfeita assim como Deus é perfeito. NOTA: Tem uma diferença na lei de Deus e lei de Moíses . Lei de Deus se expressa na lei moral dos 10 mandamentos dada a Moíses por Deus no Monte Sinai . Lei de Moíses Homem instruido por Deus para conduzir seu povo no deserto tinha muitas leis a qual eram usadas para reger o povo de Deus, por sinal muito rebelde como até hoje. E para aqueles que pensam que Jesus veio anular lei dos dez mandamentos ( Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Mateus 5:17). JESUS foi o único que cumpriu toda a Lei.
    devemos ser imitadores de Jesus, mesmo sabendo que jamais conseguiremos alcançar o seu exito, devemos nos esforçar no máximo. Lembre-se que é Deus que nos capacita para tal e sem ELE nada podemos fazer, NADA. Um abraço a todos os irmãos em Cristo Jesus e fiquemos todos na paz do Senhor. ((( Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas. Atos 24: 14))) . De Rogério Faria – Diretor de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Araruama- RJ.

    1. Elziton disse:

      Resumindo tudo isso que vcs falaram, está escrito assim na palavra de Deus: ” A obra de Deus é esta, que creiam naquele que ele enviou”.

  2. Robert Farias disse:

    Tenho uma dúvida:

    “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2, 8-9) Paulo.

    “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem.” (Tiago 2,18-19)

    Esse alguem seria Paulo?

    “Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.” (Tiago 2,17)

    Isso seria uma contradição?

    Obrigado.

    (01/03/11)

    1. Pr. Guedes disse:

      Prezado Robert,

      A Paz do Senhor!

      Não se trata de contradição. Paulo e Tiago estavam falando da mesma coisa, a fé, mas em dimensões diferentes. Para Tiago a fé conduz à realização de obras, enquanto a ausência dela é a falência de boas-obras. No entanto ele mesmo não relaciona diretamente com a salvação.

      Paulo está escrevendo diretamente sobre a salvação (Efésios é um carta soteriológica) e afirma que as obras não podem salvar, mas que a salvação provém da fé unicamente. Todavia, a fé salvífica também produz boas obras pois por isso fomos criados em Cristo.

      O contexto desse versículo de Efésios é claro: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas..

      Já o contexto de Tiago é o da caridade: Se algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem.

      Assim, cremos que Paulo está dizendo que as obras não podem salvar, mas o salvo pratica boas obras. No que concorda o texto de Tiago.

      Deus lhe abençoe.

      Pr. Guedes

  3. Robert disse:

    O que são BOAS OBRAS?

    Se colocarmos em prática tudo aquilo que Jesus nos ensinou não estamos fazendo BOAS OBRAS?

    Se apanas ACREDITARMOS em Jesus, mas não fizermos por onde, ou seja, não fizermos o que Ele nos ensinou (QUE SÃO BOAS OBRAS) ainda estamos salvos?

    Se uma pessoa que nunca ouviu falar em Jesus fizer tudo aquilo que Ele nos ensinou (BOAS OBRAS) mesmo não sabendo que Ele existe, essa pessoa não será salva?

    MINHA CONCLUSÃO:

    FÉ sem BOAS OBRAS é morta (NÃO SERVE PARA NADA). Os demônios crêem, mas não fazem BOAS OBRAS, então, pra que serve a FÉ sem as BOAS OBRAS (aquilo que Jesus nos ensinou)?

    BOAS OBRAS sem FÉ vai depender do caso em particular. Se você conhece Jesus, faz BOAS OBRAS, mas não o aceita como seu Deus, as sua BOAS OBRAS não serviram para nada na questão da SALVAÇÃO, mas se você faz BOAS OBRAS e nunca ouviu falar em Jesus Cristo eu creio que Deus é misericordioso para lhe SALVAR.

    Eu creio que para a nossa SALVAÇÃO a FÉ e as BOAS OBRAS andam juntas, POR QUE SOMOS CRISTÃOS.

    Pr. Guedes, estou errado?

    1. Pr. Guedes disse:

      Prezado Robert,

      A Paz do Senhor!

      Quando alguém que não conhece Jesus faz boas obras, ela não está fazendo mais que sua obrigação de solidariedade para com o ser humano, seu próximo. Porém, essas coisas não salvam. O princípio para salvação é realmente crer em Jesus como seu Único e Suficiente Salvador (João 14.6; 17.3; Atos 4.12; I Timóteo 2.5) . Jesus disse que quando o Espírito Santo viesse (e já veio) convenceria “o mundo do pecado, da justiça e do juízo”: “Do pecado porque não crêem em mim” (Leia João 16.8 ao 11).

      A salvação pelas obras é um princípio judaico e Paulo chamava isso de “obras da Lei”, ou seja, os judeus pensavam que se eles fizessem tudo o que a Lei de Moisés mandava seriam salvos da ira de Deus, mas o próprio Paulo que era fariseu (Saulo, anteriormente) descobriu na fé em Cristo que a salvação não se dá por mérito humano, por cumprimento de uma cartilha religiosa ou boas obras praticadas pelos homens, mas pela Graça de Deus. Por quê? Porque o homem que assim faz justifica-se a si mesmo, enquanto a justificação para salvação é somente pela fé. Diga-se de passagem que nenhum homem tem mérito ou crédito com Deus por causa das boas obras. Essa mesma doutrina voltou a ser disseminada pelo catolicismo e, principalmente, na idade média, divulgou-se que essa prática levaria à salvação. Todavia, os reformadores, examinando as Escrituras, defenderam que o homem será salvo pela fé e não pelas obras, daí um dos lemas da Reforma Protestante ser “Sola Fide”.

      Quanto a nós que estamos em Cristo, você está certo. Não fazemos boas obras para sermos salvos, mas porque somos salvos fazemos boas obras. Concordo quando você diz que a fé sem obras é morta. Porém, não no sentido de salvação. A fé viva e verdadeira sempre será frutífera, produtora, enriquecedora de boas obras. A fé opera as boas obras em nós e através de nós, mas não fazemos isso com um fim salvífico. O Espírito de Cristo que está em nós nos leva a amarmos as pessoas e fazermos o bem, assim como Cristo fazia boas obras e não precisava de salvação.

      Forte Abraço.
      No Amor de Cristo!

  4. Gilson disse:

    Concordo que obras não salvam. Somos salvos unicamente pela graça de Deus. No entanto, não devemos esquecer de uma coisa: as obras são o resultado, os frutos que demonstram que uma pessoa está salva, pois Jesus me disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”.
    Como pode uma pessoa salva em Cristo, continuar vivendo a mesma vida de outrora?

  5. Felipe disse:

    Eu discordo. Não adianta ter somente fé, tem que demonstrar que tem fé pelas obras.
    Exemplo:
    Eu digo que tenho fé em Deus, mas não pratico o que ele diz na bíblia: vivo na imoralidade, em bebedeiras.Mas eu tenho fé nele, será que eu vou ser salva? O que você me diria?
    Não pois minhas obras não demonstram isso.
    Pois bem, se eu tenho fé preciso expressar essa fé através das obras.
    Pois a fé sem obras é morta. (Tiago 2: 14-26)

  6. Igor Pereira Nunes disse:

    Interessante que esta foi uma das questões mais discordantes entre os cristãos. Agora vejo bem claro em tantos escritos deste mesmo autor a marca da intolerância religiosa, do fundamentalismo extremo. O cristianismo não é de hoje, e mesmo as interpretações “reformistas” e a pentecostal acerca do cristianismo é muito recente, daí colocar que esta é a única doutrina filosófica correta baseando-se erroneamente no lema da sola scriptura por exemplo, é totalmente contrário ao cristianismo histórico. Vejo que para os senhores que dizem ou julgam a si mesmos como “crentes” assumirem um papel fundamentalista e presunçoso como se suas próprias “igrejas” fossem o caminho da salvação, sim isso mesmo, pois se entende claramente nas postagens que não adianta crer em Jesus cristo com fé sincera e verdadeira mas sim ser participantes das “igrejas” ditas cristãs de hoje em dia. Interessante mais ainda a contradição das afirmações como se o presente não apresentasse erros e até repetições de erros do passado como por exemplo, a pratica da inquisição que é tão presente nos vosso julgar! Inclusive quando exclui o irmão que também crer em cristo e coloca-o num “seita” simplesmente porque não está em conformidade com o vosso julgar, e não adianta insistir em colocar a sagrada escritura como o parâmetro para medir os outros se vós não passais também pelo julgar das escrituras ( “Não há mais que um legislador e um juiz: aquele que pode salvar e perder. Mas quem és tu, que julgas o teu próximo?” Tg 4,12). Na verdade o cristianismo desde sua origem convive com as mesmas tentações a fé do passado, com os mesmos erros, com os mesmos falsos profetas,pois hoje eles só mudaram de identidade. Se o que há de mais belo para a fé cristã, como as obras do perdão, da misericórdia, frutos da fé simples não acha lugar em vós então falais um coisa que não viveis (Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores.)
    Outra coisa que nunca muda é o pecado no coração humano: não seria a presunção e o orgulho os fundamentos dessa falsa fé, do verdadeiro engano fundamentalista de hoje? Não seria uma atitude mais cristã da vossa parte apelar para o perdão, a reconciliação a unidade da fé? pois nosso senhor orou ao pai pela unidade dos cristãos, e o que vós fazeis? Vos fomentais a guerra,o ódio e a intolerância!( jo 17, 21: “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste.”) Ainda vós tendes a petulância de julgar quem é cristão ou não! então começai por vós mesmos! Pois quem é cristão é aquele que ama a Deus e ao irmão, logo, se o amor não está em vós sois mentirosos! 1Jo4,20 : ” Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.”

  7. Fausto Alves dos Santos disse:

    Agora compreendo porque, mesmo com o advento de tantas denominações religiosas no mundo, ele se torna cada vez pior!
    A fé, sem as boas obras, é morta, mesmo!
    Agora entendo porque a falta de amor ao próximo está cada vez maior no mundo!
    A vida de Jesus não foi, não é, e não será modelo para essa gente!
    Que Deus tenha misericórdia de quem os segue!

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