Um tribunal de crimes de guerra sentenciou um ex-chefe dos Khmer Vermelho a 35 anos de prisão. Esta é a primeira sentença envolvendo um líder do regime genocida que destruiu uma geração de pessoas no Camboja. Kaing Guek Eav, também conhecido por Duch, seu nome militar, ouviu impassível quando o juiz leu o veredicto que o considerou culpado de crimes contra a humanidade e crimes de guerra, sob acusação de tortura e morte de cerca de 14 mil pessoas.
Conversão e arrependimento
Em 1993, enquanto vivia na clandestinidade sob uma identidade falsa e como professor de matémática, Duch converteu-se a Cristo. Christopher Lapel, um pastor cambojano-americana, levou-o aos pés de Jesus. "Ele aproximou-se de mim e disse: Pastor Christopher, eu sou um pecador e não creio que os meus irmãos e irmãs me possam perdoar, pois os meus pecados são muito profundos", diz Lapel.
Hoje, Duch admitiu que fez coisas horríveis e pediu perdão por esses assassinatos. No ano passado, ele voltou à prisão onde muitos sofreram às mãos dele.
"Ele veio e pediu para orar pelas vítimas e nós pudemos ver a emoção nos olhos dele", diz o oficial Reach Sambath.
Duch sabe que deve pagar pelos seus crimes e dispôs-se a contar tudo em julgamento. Ele disse: "Podem levar o meu corpo, Cristo tem a minha alma".
Lapel, que é líder nas Igrejas Cristãs do Camboja, assegura que Duch está muito forte na sua fé e que se disponibilizou para contar a verdade, "toda a verdade sobre o que fez ao seu povo."
Duch não é caso incomum, pois muitos soldados que pertenceram aos Khmer Vermelho têm vindo ultimamente a Cristo.
Cerca de 1,7 milhões de cambojanos morreram de fome, falta de cuidados médicos, trabalho quase de escravo e execuções durante o regime maoísta que de 1975-1979 tentou transformar o país numa utopia agrária. Os corpos foram enterrados em valas comuns, em várias partes do país.
[youtube LaVZIFzq57I nolink]Fonte: Site Igreja em Quinta do Conde
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