Assembleia de Deus Online

O grande engano

Norbert Lieth   •   29 Março, 2011
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Palavras como disfarce, imitação ou cópia são conhecidas de todos. Também no cristianismo há pessoas que se dizem “cristãs”, mas no fundo não o são. Um automóvel parou ao meu lado em um espaço para descanso à margem de uma auto-estrada na Alemanha. Alguém me ofereceu os “melhores artigos de couro” por pouco dinheiro. Como fui totalmente surpreendido pela oferta e também tinha pouco tempo, comprei um objeto pequeno. Apenas mais tarde percebi o tipo de “artigo de couro” que havia adquirido: uma imitação barata, que desmontava só de olhar para ela. Há muitas coisas falsas, quase idênticas às verdadeiras, difíceis de distinguir das genuínas, como roupas, relógios, jóias, quadros, tapetes, etc. Precisamos de especialistas que consigam diferenciar entre o verdadeiro e o falso com base em detalhes mínimos. Também no cristianismo há imitações, disfarces, cópias, cristãos que parecem verdadeiros e, no entanto, são falsos. Isso é ilustrado de forma clara na parábola das dez virgens (Mt 25.1ss): exteriormente, as cinco virgens néscias eram muito parecidas com as sábias, exceto pelo fato de que lhes faltava o óleo (um símbolo do Espírito Santo que habita nos salvos). Muitos vivem uma vida cristã porque são levados pela corrente do cristianismo que os cerca. Seu ambiente é cristão e por isso eles também o são. Não quero que esta mensagem roube a certeza da salvação de ninguém que tenha no coração essa convicção pelo testemunho do Espírito de Deus. Além disso, tenho certeza de que um cristão espiritualmente renascido não pode se perder (Hb 10.10,14). Mas também não quero que alguém ponha  sua confiança em uma falsa segurança, em algo que nem mesmo existe. Às vezes admiramo-nos quando pessoas, que eram consideradas cristãos autênticos, de repente se desviam da fé e não querem ouvir mais nada a respeito de Jesus e da obra que Ele realizou na cruz do Calvário, chegando até mesmo a negá-la. O apóstolo João também passou por essa experiência dolorosa, descrita em sua primeira carta: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1 Jo 2.19). [caption id="" align="alignright" width="300" caption="Este buquê de flores é verdadeiro ou não? Também no cristianismo há imitações, cristãos verdadeiros e falsos cristãos."][/caption] A Bíblia não esconde o fato de que além do cristianismo verdadeiro, legítimo, renascido da “água e do espírito”, há também um cristianismo aparente, formado por “cristãos” que não estão ligados a Jesus, não estão enraizados nEle, não vivem nEle e por Ele. Mesmo que tudo pareça legítimo, eles não passam de uma imitação. É desses “cristãos” que Paulo fala ao escrever a Timóteo, em sua segunda carta: “...tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3.5). A Edição Revista e Corrigida diz: “...tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. Na Nova Versão Internacional lemos: “...tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também”.

Sendo cristão sem ser cristão

De acordo com pesquisas nos EUA, quase metade dos americanos se dizem cristãos renascidos. Mas uma análise mais aprofundada revelou que muitos confundem o novo nascimento com uma sensação positiva a respeito de Deus e de Jesus. Um levantamento estatístico entre os cristãos praticantes nos EUA apresenta resultados desanimadores, o que também é representativo em relação à Europa:
  • 20% nunca oram
  • 25% nunca lêem a Bíblia
  • 30% nunca vão à igreja
  • 40% não apóiam a “obra do Senhor” por meio de ofertas
  • 50% nunca vão à Escola Bíblica Dominical (de todas as faixas etárias)
  • 60% nunca vão a um culto vespertino
  • 70% nunca dão dinheiro para missões
  • 80% nunca freqüentam uma reunião de oração
  • 90% nunca realizam culto em família [1]
Se a situação já é assim na América marcada pela influência do puritanismo, quanto mais na superficial Europa. O próprio Senhor Jesus advertiu a respeito da confissão nominal, que carece de conteúdo verdadeiro, ou seja, que não está de acordo com o que vai no coração: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7.21-23). Com isso, o Senhor esclarece quatro pontos básicos: há duas coisas que não são de forma alguma suficientes para que alguém seja salvo, e outras duas são imprescindíveis para que alguém seja redimido.

Duas coisas insuficientes para a salvação

Nem a simples confissão “Senhor, Senhor” (1) nem as obras em nome de Jesus (2) são suficientes para alcançar a salvação eterna. Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações são meramente formais, os atos de caridade são feitos em nome de Jesus sem que aqueles que os realizam pertençam a Ele ou sejam filhos de Deus. Quantos indivíduos “cristãos” realizam atos cristãos sem pertencerem a Cristo! É assustador que no fim Jesus até mesmo condena as suas ações como sendo iníquas: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Duas coisas imprescindíveis para a salvação

Precisamos fazer a vontade de Deus (1) e precisamos ser conhecidos por Deus (2). 1. Fazer a vontade do Pai celeste não é realizar muitas boas ações, pequenas e grandes, mas ter fé em Jesus Cristo, entregar conscientemente a vida a Ele e obedecer-Lhe na prática. O judaísmo da época de Jesus tinha “boas ações” para apresentar: muitos eram fanáticos em seguir a lei, lidavam com a Palavra de Deus, expulsavam maus espíritos e faziam milagres. Mas uma coisa eles não queriam: crer em Jesus Cristo e, assim, aceitar a misericórdia que recebemos por meio dEle. Pensavam que chegariam ao céu sem Ele, que Deus reconheceria as suas obras e lhes permitiria entrar. Porém, foi justamente nesse ponto que Jesus tratou de contrariar seus planos. Eles tinham de aprender e aceitar que a vontade de Deus era que reconhecessem sua própria falência espiritual e cressem em Jesus. Nós enfrentamos o mesmo problema hoje. “Cristãos” nascidos em um ambiente cristão pensam que conseguirão ir para o céu por meio de obras cristãs. Ao lhes dizermos que nada disso serve, que no fim das contas as suas ações são iniqüidades inaceitáveis aos olhos de Deus e que eles continuam perdidos, a grande maioria reage de forma irritada, por pensar que não precisam de Jesus pessoalmente. Quando Jesus foi questionado: “Que faremos para realizar as obras de Deus?”, Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.28-29). 2. Precisamos ser conhecidos por Deus. Haverá pessoas das quais Jesus dirá naquele dia: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. Não é suficiente crer em Jesus de forma superficial, reconhecê-lO, acreditar em Sua existência ou aceitá-lO até certo ponto. Não – é preciso que haja um encontro pessoal com Ele. Posso dizer: “Conheço o presidente do Brasil”. De onde o conheço? De suas aparições na mídia. Mas será que ele me conhece? Claro que não! No entanto, se eu fosse convidado a visitá-lo, teria a oportunidade de ser conhecido por ele. O Senhor Jesus convida cada ser humano, de forma pessoal, a entregar-se a Ele: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Quem aceita esse convite, quem se achega a Ele com todos os seus pecados, quem O aceita em seu coração e em sua vida e crê em Seu nome (Jo 1.12), esse é conhecido por Ele. Quem fez isso reconheceu o Pai e o Filho de Deus e entrará no céu: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).

“Tens nome de que vives...

...e estás morto” (Ap 3.1). Há muitos que se chamam de “cristãos”, mas o são apenas nominalmente. O Senhor Jesus falou de pessoas que imaginariam servir a Deus matando justamente Seus verdadeiros filhos: “Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim” (Jo 16.2-3). [caption id="" align="alignright" width="300" caption="Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações são meramente formais, sem que aqueles que rezam pertençam a Jesus."][/caption] Eles reivindicam autoridade teológica, pensam servir a Deus, mas não conhecem nem o Pai nem Jesus Cristo. Isso aconteceu, por exemplo, na época das Cruzadas e da Inquisição. Hoje também existe uma teologia que reivindica toda autoridade para si e rejeita os que se baseiam na Palavra de Deus. Basta lembrar das muitas seitas e do islamismo, que afirmam que Deus não tem um Filho. Já no século VII antes de Cristo, na época do profeta Jeremias, havia dignitários religiosos meramente nominais. Ouvimos o lamento de Jeremias: “Os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito” (Jr 2.8). Mesmo um cristão meramente nominal pode apostatar da fé. Quem com sua boca confessa ser cristão, mas não pratica o cristianismo no dia-a-dia, precisa aceitar que outros lhe perguntem se não está enganando a si mesmo. Não é exatamente isso que vemos hoje? Muitos teólogos abandonaram a fé bíblica e correm atrás de convicções que não servem para nada. Eles se abriram para religiões e correntes espirituais que não têm absolutamente nada a ver com Jesus Cristo. Isso também já aconteceu na época em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto. Depois de ter louvado a grandeza e a soberania de Deus (Dt 32.3-4), Moisés emendou uma declaração sobre os infiéis: “Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada” (v.5). Portanto, realmente é possível que aqueles que não são Seus filhos se tornem infiéis a Ele. É dito a respeito dos filhos de Eli: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor... Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor” (1 Sm 2.12,17). Não reconheceram ao Senhor porque desprezaram o sacrifício. Enquanto uma pessoa (por mais cristã que se considere) desprezar o sacrifício de Jesus pelo pecado, não reconhecerá o Senhor. Todos os israelitas saíram do Egito, mas da maior parte deles Deus não se agradou, motivo pelo qual tiveram de morrer no deserto (veja 1 Co 10.1-12). Como exemplo especial de alguém que era crente nominal e que realizava obras, mas que ainda assim estava espiritualmente morto, lembro de Balaão (veja Nm 22-24):
  • Ele era um homem a quem Deus se revelava, com quem Deus falava (Nm 22.9).
  • No começo ele foi obediente (Nm 22.12-14).
  • Ele afirmava conhecer o Senhor e O chamou de “meu Senhor” e “meu Deus” (Nm 22.18).
  • Ele adorava o Senhor (Nm 22.31).
  • Ele reconhecia a sua culpa (Nm 22.34).
  • Ele estava disposto a servir (Nm 22.38).
  • Deus colocou Suas próprias palavras na boca de Balaão (Nm 23.5).
  • Balaão abençoou Israel três vezes (Nm 23 e 24).
  • Ele testemunhou da sinceridade e da fidelidade de Deus (Nm 23.19).
  • Ele falou três vezes do Messias como Rei de Israel (Nm 23.21; Nm 24.7,17-19).
  • O Espírito Santo veio sobre ele (Nm 24.2).
  • Ele testemunhava ser um profeta de Deus (Nm 24.3-4).
  • Balaão confirmou a bênção e a maldição de Deus sobre os amigos e inimigos de Abraão (Nm 24.9, Gn 12.3).
  • Ele colocou o mandamento de Deus acima de bens materiais (Nm 24.13).
  • Ele falou profeticamente a respeito do futuro dos povos, sobre a chegada do Messias e chegou a mencionar o Império Mundial Romano [Quitim] (Nm 24.14-24).
Apesar de tudo isso, a Bíblia chama Balaão de falso profeta, vidente e sedutor (veja Nm 31.16; Js 13.22; Ne 13.1-3; 2 Pe 2.15-16; Jd 11; Ap 2.14-16). Por quê? Porque Balaão fazia concessões e aceitava comprometimentos, e levou o povo de Deus a se misturar com outros povos. Havia uma discrepância entre suas palavras e ações. “Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel” (Nm 25.1-3). Balaão havia levado Israel a essa prostituição (Nm 31.16; Ne 13.1-3). Pedro chama Balaão de alguém que “amou o prêmio da injustiça”. Na Epístola de Judas ele é chamado até mesmo de enganador (“erro de Balaão”) e no Apocalipse ele é apresentado como alguém que “armou ciladas”. A Bíblia diz a respeito das pessoas nos últimos tempos que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Quem tende a prostituir-se espiritualmente ou a comprometer sua fé e suporta, permite e pratica essas coisas sem que sua consciência o acuse, tem motivo para crer que, apesar das aparências, não é um cristão verdadeiro. Com isso não estou me referindo à luta contra o pecado, que qualquer filho de Deus enfrenta. Não, aqui não se trata de “derrotas” na fé e na obediência, mas de lidarmos com o pecado de forma consciente e indiferente, de deliberadamente escolhermos a prática pecaminosa. Não somos salvos por nossas próprias obras, mas somente pela fé em Jesus Cristo, pela conversão a Ele. Só aqueles que O aceitam, ao Filho de Deus, em seu coração e em sua vida, com fé infantil, poderão realizar obras que testemunhem a veracidade de sua fé. Essa fé precisa estar “enraizada” na Palavra de Deus. Em Sua parábola sobre o semeador, Jesus diz que há pessoas que aceitam a Palavra de Deus com alegria, mas não criam raízes para ela e mais tarde a abandonam (Mt 13.20-21). A raiz liga a planta à terra, da qual ela vive, lhe dá firmeza, extrai alimento e o conduz à planta. A raiz é um símbolo do Espírito Santo, por meio do qual estamos enraizados em Deus. O Espírito Santo nos traz a vida em Deus, à medida que extrai alimento das Escrituras. [caption id="" align="alignright" width="300" caption="Qualquer planta precisa ter raízes para poder absorver água e alimentos. Assim, todo cristão também precisa estar enraizado em Jesus Cristo."][/caption] Podemos aceitar a Palavra de Deus de forma superficial, podemos simpatizar com o Senhor, podemos acompanhar os cristãos durante algum tempo, mas depois nos afastar novamente, porque nunca nascemos realmente de novo e por isso nunca tivemos “raízes”. Jesus disse aos Seus discípulos, àqueles que O seguiam: “Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (Jo 6.64). De acordo com Hebreus 6.4-6, há pessoas que foram “iluminadas”, que “provaram o dom celestial”, e que até “se tornaram participantes do Espírito Santo” e ainda assim caíram. Por quê?
  • Porque foram iluminadas, mas elas mesmas nunca se tornaram luz. A luz pode se refletir em mim, e então estou iluminado; mas é preciso mais para que eu mesmo seja luz.
  • Porque provaram, mas não comeram (aceitaram). Posso sentir o cheiro do pão, provar o seu sabor (assim como o enólogo, que toma um pouco de vinho na boca para testar seu aroma, mas depois o cospe fora). Mas é preciso que aconteça mais: precisamos comer o pão, ingeri-lo. Não basta “provar” Jesus, ou seja, experimentá-lO – precisamos aceitá-lO em nós (Jo 6.53-56,63; Jo 1.12).
  • Porque participaram do efeito do Espírito Santo, mas nunca O receberam pessoalmente. Ao ler a Palavra de Deus, ao freqüentar um culto, posso participar do efeito do Espírito Santo. Mas isso não é suficiente. Não – é preciso que haja uma renovação espiritual real.
É possível que pessoas assim imitem o cristianismo durante algum tempo, acompanhem e participem de uma igreja local. Mas um dia elas “cairão” e negarão a Jesus. Então muitos se perguntam espantados: “Como isso é possível?” Quando o Senhor Jesus falou de comer Sua carne e beber Seu sangue para ganhar a vida eterna (Jo 6.53-59), muitos de Seus discípulos disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60) e se afastaram dEle (v. 66), apesar dEle ter lhe explicado de antemão o que isso significava: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (v. 63).

Tornar-se cristão apesar de ser “cristão”

Enganam-se a si mesmos os que pensam que todos são cristãos! Muitas vezes, quando questionei pessoas que davam a entender isso, a resposta era: “Meus pais são cristãos”, ou: “Minha família é cristã!” Um conhecido evangelista costumava responder a essas afirmativas: “Se alguém nasce em uma garagem, isso não significa que seja um automóvel! E quando alguém nasce em uma família cristã, ainda falta muito para que se torne cristão!” (extraído de um livro de Wilhelm Busch). Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22.32). Por um lado, o Senhor confirmou a fé de Pedro. Por outro lado, porém, Ele falou da necessidade de sua conversão futura. Pedro poderia ter retrucado: “Senhor, sou judeu, um filho de Abraão. Cumpro os mandamentos, fui circuncidado ao oitavo dia, guardo o sábado, oro três vezes ao dia, celebro a Páscoa e faço os sacrifícios. E  já Te sigo há três anos...” Mesmo assim, ele ainda precisava converter-se. Da mesma forma Paulo, o grande defensor da lei, precisou se converter, assim como todos os outros apóstolos e discípulos. Toda pessoa precisa se converter se quiser ser salva – inclusive os “cristãos”, sejam eles membros da igreja católica romana, protestantes, evangélicos ou de uma família cristã. Não são poucos os que nascem no cristianismo, da mesma forma como os judeus nascem no judaísmo. Mas, não é esse nascimento que dá a salvação, alcançada somente através de um “novo nascimento”: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Precisamos nos converter mesmo que tenhamos sido batizados quando pequenos, freqüentado aulas de catecismo ou participado de cultos. Se não nascermos de novo, continuaremos perdidos. Mais tarde, quando o apóstolo Pedro se converteu e experimentou o novo nascimento, ele escreveu em sua primeira carta: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1 Pe 1.3-4). Quem carrega em si o testemunho do Espírito Santo a respeito de seu novo nascimento (Rm 8.16) deve alegrar-se com essa certeza e agradecer a Jesus Cristo por ela. Mas quem não possui esse testemunho inconfundível do Espírito Santo e ainda assim pensa ser cristão, está sujeito a um grande engano. Mas hoje esses “cristãos”, e qualquer pessoa que queira ser salva, pode alcançar a certeza da salvação, se converter-se de forma muito séria a Jesus Cristo. Então, por que esperar mais? (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Nota

1. Gemeindegründung nº 77/04 Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, dezembro de 2006.

Norbert Lieth

  1. Anderson Nunes Vieira disse:

    A Paz do Senhor Amados!
    Europa….mas precisamente a Inglaterra…o Hino Oficial da Inglaterra “GOD SAVE THE QUEEN” ou “DEUS SALVE A RAINHA”..um hino sacro…ligitamente cristão…sua musica é igual ao Hino da Harpa Cristã nº 185. AHH mas a Inglaterra é um país cristão então….infelizmente FOI. A Europa inteira já foi cristã..foi na Alemanhã que surgiu o protestantismo com Martinho Lutero…hoje…é uma nação muito distante de Cristo. A Suécia de nossos irmãos Gunnar Vingren e Daniel Berg…idém.
    Os Estados Unidos é considerado o berço do pentecostalismo nas Amércias…mais precisamente na Rua Azusa..mas hoje nem se ouve falar mais dessa rua….só nos tempos do avivamento…se perguntar pra qualquer norteamericano…ele nem sabem que existi essa rua por lá.
    Nosso país tem muitos problemas isso é fato…corrupção, pobreza, violência, desigualdades..e por aí vai…mas podemos dizer que é sim uma nação abençoada por Deus…e principalmente é umas das nações que com certeza está em seu coração. Não é atoa que somos os maiores pregadores do evangelho do mundo…recorde em numeros de missionários em missões. em numeros de evangélicos, em número de templos evangélicos..temos mais de 200 canais evangélicos, gospel..seja lá como for só no Brasil. Apesar de a constituição dizer que somo um país laico (Sem religião influenciando nas atitudes do governo), somo um país cristão..embora o catolicismo seja, “POR ENQUANTO”, a maioria no Brasil.
    Acredito eu que se no céu existisse mastros para colocar as bandeiras de todos país de todos os salvo….sem demagogia…a do Brasil tenho certeza que Deus ia colocar no mastro mais alto..porque o galardão do povo cristão brasileiro..é muito….mas muito grande.
    Graça e Paz Amados!!

  2. MARLENE TAVARES DE BARROS disse:

    Muito bom pois nos faz refletir sobre a nossa sinceridade diante de DEUS. Nos impulsiona a exercitar aquela conhecida frase: com DEUS nao se brinca.

  3. RENATOG disse:

    “Não pensem do amanhecer ao anoitecer sobre o que vestirão”

    Com essas palavras Jesus quis dizer que o homem não vive como ele é, mas sim como gostaria de ser, com uma face pintada, uma face falsa.
    Quando vc nasce, vc tem uma face própria, ninguém a mudou ainda.
    Mas com o tempo, a sociedade começa a elaborar a sua face falsa,
    ela começa a lhe dar muitas faces, uma para cada ocasião.
    Então quando vc vê um homem importante se aproximar, vc muda de mascára…quando vê um mendigo se aproximar, vc fica diferente.
    O tempo todo, a cada momento, vc fica numa constante mudança de mascára.

    Se um seviçal entra numa sala onde vc está, vc nem olha pra ele, vc age como se ele nem fosse um homem, como se ele não existisse, como se ninguém tivesse entrado.
    Mas quando uma pessoa importante, um chefe entra na mesma sala, vc imediatamente levanta, quase salta da cadeira.
    Tem uma face risonha, extremamente falsa…mas risonha…como se o próprio Deus tivesse entrado.
    Pense nas muitas faces que vc tem…na face que aparece quando vc está perto da sua esposa,
    na face que aparece quando vc está ambicioso, com raiva, sexual, insatisfeito, frustado, cheio de desejos…etc…
    Assim talves vc vai conseguir peceber que vc não é um único homem,
    mas sim uma grande multidão.

    Só quando vc abandonar toda essa falsidade, essas mascáras,
    só “QuandoTirarem suas roupas sem se sentirem envergolhados,
    e pegarem suas vestes e colocarem-nas sob seus pés e pisarem nelas, como fazem as criancinhas,
    então, voces contemplarão o filho daquele que vive”
    Se vc é falso, vc não pode reconhecer um homem real, e Jesus é o homem mais real, o mais real que é possível.
    Ele não é um mentiroso, ele é autêntico…e se vc está mentindo na sua vida, usando mascáras,
    faces falsas a todo momento…suas palavras, seus gestos, é tudo uma mentira…então vc não pode recolhecer Jesus…é impossível!

    E Jesus diz:
    “Não pense no que você vai vestir”
    Simplesmente mova-se espontaneamente pela vida, não ponha nenhuma falsidade entre vc e o fluxo da vida.
    Voce vai até uma mulher e começa a ensaiar na mente o que vai dizer, “Eu te amo fofuuurinha’, ou, “Não tem ninguém no mundo como ocê minha frooo”
    Se vc ta fazendo um ensaio, vc não está amando, caso contrário não haveria necessidade disso, porque o amor fala por si mesmo, o amor flui por si mesmo, por conta própria as coisas acontecem.
    As flores, (pelo menos aqui na minha casa)…desabrocham por conta própria, nenhum ensaio é necessário.

    Isso agora me fez lembrar de um palestrante que certa vez foi questionado por um de suas amigos,
    depois da sua conferência.
    O colega lhe perguntou:
    E aí…vc gostou da sua palestra?
    O homem disse:
    Q que palestra?…porque existe a que eu preparei…a que eu dei…e a que eu gostaria de dar…
    sobre qual delas vc está me perguntando?

    Assim é toda a nossa vida:
    Vc prepara determinada coisa, e vc faz outra coisa, e ainda assim gostaria de ter feito uma outra coisa totalmente diferente.
    Por que isso acontece…porque tanta divisão?
    Simplesmente porque não somos espontâneos.
    Quem é espontâneo só precisa de uma coisa…estar alerta, consciente,
    então a pessoa responde a partir da sua consciencia.
    Voce prepara, porque vc é desatento, vc tem medo, vc é medroso…porque quem sabe qual será a situação adiante?
    Vc pensa: Será que estarei apto a responder, ou não?
    O MEDO…! Então vc se torna falso.
    Mas Jesus diz:
    Não pensem sobre o que vestirão.

    Abraço com carinho nosso querido amigo Guedes!..Pr.

    1. Pr. Guedes disse:

      Querido Renato,

      Seja bem-vindo outra vez. Você e suas reflexões!!!

      Leia II Coríntios 3. Lá diz que a igreja não é como Moisés, que usou um véu para que os filhos de Israel não percebessem que a glória que ele recebeu no monte estava se desvanecendo, diminuindo, indo embora. Ou seja, Paulo estava afirmando que a igreja não usa máscara, mas “com o rosto descoberto contemplamos o Senhor como um espelho e somos transformados de glória em glória na mesma imagem do Senhor”. E por que não usamos máscaras? Porque estamos sempre diante do Senhor e não podemos esconder nada dEle.

      Abraço.

      Pr. Guedes.

  4. helio brogni - Europa-Italia disse:

    Concordo com o irmao, e nao somente prq se fla em numeros; mas é o que sentia ja no coraçao antes de sair do Brasil 10 anos atràz. Hoje vejo a bençao da naçao Brasileira em
    outros paises através dos Evangelicos e o que Deus esta fazendo por meio do seu poder
    usando seus fiéis principalmente no norte da Italia. A Paz do Senhor!

    Helio.

  5. Fernanda disse:

    Quando Jesus diz apartai-vos de mim,os que praticais a iniquidade.
    Ao que se refere exatamente com a palavra iniquidade?

  6. grazieli disse:

    penso que ao inves de colocar a prova ou criticar a fé de alguns, Você deveria estimular as pessoas a buscar a Deus independente de se dizerem cristãos ou não, em todas as suas reflexoes Você é muito convicto no que diz, Deus o abencoe pela sua fé, mas não questione a dos irmãos! sejam eles cristões ou não! faça a sua parte, como vcs mesmo dizem : “a salvação é individual” Meu deus o mundo esta perdido! antes de procurar estatisticas transmita a palavra de Deus, e não conte a dedos quantos fieis sua religião possui.

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